💡 Bitcoin ou ETF de Bitcoin? Guia completo para iniciantes descobrirem o melhor caminho
- Jana

- há 5 dias
- 6 min de leitura

Se estás a dar os primeiros passos no mundo dos investimentos e ouviste falar de Bitcoin e de ETFs de Bitcoin, podes estar a questionar-te: “Qual escolho?” Este guia foi criado para ti, sem palavras difíceis e direto ao ponto, para que entendas o que cada opção representa, como funcionam, e qual poderá encaixar melhor no teu perfil e nos teus objetivos. O objetivo não é “qual vai render mais” (ninguém garante), mas “qual se ajusta melhor à tua decisão financeira consciente”.
*O termo mais correto não é ETFs de bitcoin ou de criptomoedas. Neste caso pode ser um ETN ou ETC, dependendo da estrutura legal do emissor. No entanto, para facilitar, ao longo deste artigo, vamos usar o termo ETFs.
1. O que é comprar Bitcoin diretamente
Quando compras Bitcoin estás a adquirir a criptomoeda, ou seja, a participação direta no ativo digital registado na blockchain. Tens acesso (ou deves ter) à chave privada, à carteira (wallet), e podes usar ou manter esse Bitcoin conforme desejas.
Vantagens:
Tens controlo total, ou seja és “o dono”.
Podes movimentar, enviar ou usar o Bitcoin (sequência de transações, etc).
Potencial de valorização sem intermediários.
Riscos/Desvantagens:
Tens de lidar com segurança: carteira, chaves privadas, risco de perder ou ser roubado.
O mercado é altamente volátil: possibilidade de grandes ganhos mas também grandes quedas.
Questões fiscais ou técnicas: como armazenar, quando vender, etc.
Pouca ou nenhuma regulação direta do ativo em muitos países.
2. O que é um ETF de Bitcoin
Um ETF de Bitcoin é um fundo negociado em bolsa que dá exposição ao preço do Bitcoin sem que tenhas de comprar ou gerir diretamente o ativo digital. Em vez disso, compras “quotas” do ETF que acompanham (mais ou menos) o preço do Bitcoin.
Como funciona:
O fundo compra Bitcoin ou contratos que replicam o preço do Bitcoin.
Tu compras as ações/quotas desse fundo através de corretora/banco, como se fosse uma ação normal.
Não tens de te preocupar com carteiras digitais, chaves privadas, etc.
Vantagens:
Simplicidade para quem está mais confortável com investimento tradicional.
Regulação mais forte, processo mais familiar.
Fácil de integrar em carteira de investimento convencional.
Desvantagens:
Não possuis o Bitcoin “em si”, ou seja tens o fundo que detém ou replica o Bitcoin.
Há taxas de gestão ou despesas operacionais que reduzem rendimento.
Pode haver diferenças de liquidez, de rastreamento de preço, e limites (ex: só se negocia em bolsa em horas específicas)
3. Diferenças-chave entre Bitcoin direto vs ETF de Bitcoin
4. Exemplos e dados recentes
De Novembro 2024 a Novembro 2025: o Bitcoin direto teve uma valorização de ~ +48,04% enquanto ETFs médios* ~ +45,39%. Mas o ETF teve volatilidade menor (ou seja, risco ajustado ligeiramente melhor)
No que toca taxas: muitos ETFs de Bitcoin já oferecem TER (taxa de despesa) tão baixa quanto 0,15% a 0,25% anual para alguns produtos na Europa.
Para quem compra direto Bitcoin, há custos de transação, carteiras, risco de custódia. ETFs simplificam, mas também pagas pela conveniência.
*Para este cálculo utilizei os seguintes: CoinShares Physical Bitcoin, WisdomTree Physical Bitcoin, VanEck Bitcoin ETN, 21Shares Bitcoin ETP e o Bitwise Physical Bitcoin ETP
5. Qual se ajusta melhor ao teu perfil?
Pergunta-te:
Queres ter controlo total do ativo digital, estás confortável com carteiras, segurança, autenticações? => Bitcoin direto.
Preferes simplicidade, integração com corretora/banco habitual, menos preocupação técnica? => ETF de Bitcoin.
Qual o teu horizonte de investimento? Se for longo prazo e estás confortável com volatilidade, direto pode funcionar. Se for mais moderado, ETF pode dar tranquilidade.
Qual a tua tolerância ao risco? Bitcoin direto = maior risco e maior potencial; ETF = risco ligeiramente menor, mas também menor “potencial” (dependendo).
Queres usar o Bitcoin como “ativo utilitário” (ex: transferir, pagar) ou apenas como investimento? Se for usar, então direto é o único caminho.
6. Comparação final: Bitcoin direto vs ETF de Bitcoin — qual “vale mais”?
Não há resposta universal. Aqui vai a minha síntese:
Se estás só a começar, e queres algo mais “seguro” e simples: pode ser mais adequado um ETF de Bitcoin, dentro de uma carteira diversificada, como exposição ao mundo cripto sem complicar.
Se já tens alguma experiência com criptos, e estás disposto a aprender segurança de carteiras, então pode ser mais adequado Bitcoin direto para “maximizar o potencial”.
Ideal: podes até combinar. Parte do teu capital em ETF (mais seguro, simples), parte em Bitcoin direto (maior controlo, mais risco).
Exemplo: 70% na ETF, 30% em Bitcoin direto (ou outra proporção que te sintas bem).
7. Cuidados e risco
A volatilidade do Bitcoin é extremamente alta: podes ganhar muito ou perder muito.
Mesmo no ETF, tens risco: taxas, tracking error (diferença entre o fundo e o preço real), liquidez, regulador, custódia. Etc.
No Bitcoin direto: cuidado com carteiras inseguras, exchanges que podem falhar, chaves perdidas = perdas irreversíveis.
Impostos: verifica como o teu país trata criptos ou ETFs.
Não invistas mais do que estás disposto a perder ou sem uma base de emergência ou portfólio diversificado (já coerente com a tua abordagem de educação financeira).
8. Passo a passo para quem quer avançar
Define quanto queres alocar ao “mundo cripto” (ex: 1-5% do teu portfólio total)
Decide se vais usar ETF ou Bitcoin direto (ou ambos)
Se for ETF: escolhe um produto que opere no teu país/região, verifica taxas, corretora, regulamentação
Se for Bitcoin: escolhe exchange ou plataforma segura, instala carteira (preferencialmente cold wallet para montantes maiores), aprende chaves privadas, autenticação, backups
Compra a fatia definida, e trata-o como investimento de longo prazo: não entres em pânico quando der quedas.
Monitoriza ocasionalmente: revisita estratégia, decide se vais manter, aumentar ou reduzir posição.
Continua a educar-te: no mundo dos investimentos, inclusive no mundo cripto tudo muda rápido.
9. Perguntas Frequentes (FAQ)
“Posso comprar ETF de Bitcoin em Portugal?” Sim, existem produtos que replicam Bitcoin listados na Europa que permitem exposição, mas verifica corretora, custódia, taxas.
“Se comprar Bitcoin direto, posso usar para pagar coisas?”
Sim, em teoria sim, se o comerciante aceitar ou se convertes para outra moeda, mas isto exige mais logística.
“Um ETF de Bitcoin dá direito ao Bitcoin verdadeiro?”
Não. Tens ações do fundo, que detém ou replica o Bitcoin, mas tens não acesso direto à criptomoeda.
“Qual é a taxa que pago num ETF de Bitcoin?”
Depende do produto, alguns têm TER de 0,15% ou 0,25% anual. Tudo isto é processado automaticamente.
“E se o preço do Bitcoin disparar ou desabar?”
Tanto o Bitcoin direto como o ETF vão refletir esse movimento, mas o impacto pode diferir ligeiramente por taxas, liquidez, horário de mercado.
“Qual devo escolher se sou iniciante?”
Se apareceste aqui porque és iniciante, e queres algo mais simples, pode ser mais adequado o ETF como ponto de partida, depois, conforme ganhas confiança, podes explorar Bitcoin direto.
Conclusão
Investir em Bitcoin ou num ETF de Bitcoin são duas formas válidas de ganhar exposição ao mundo cripto, mas com perfis diferentes.
Bitcoin direto = controlo total, maior risco, maior complexidade.
ETF de Bitcoin = mais simples, mais regulado, menor risco técnico.
O ideal? Entenderás que o mais importante não é “qual é o melhor universalmente”, mas “qual é o melhor para ti”. Escolhe segundo o teu nível de conforto, conhecimento, objetivos e tolerância ao risco.
Lembra-te: qualquer investimento deve encaixar na tua estratégia global de liberdade financeira, e não ser apenas “porque ouvi dizer”.
💬 “Não se trata de acertar no topo ou no momento perfeito — trata-se de escolher bem, agir com consciência, e persistir.”
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