ETFs Distributivos vs Acumulativos: Qual a Diferença e Qual Escolher?
- Jana

- 17 de jul.
- 3 min de leitura

Se estás a começar a investir ou já tens uma carteira com ETFs, provavelmente já encontraste estes dois termos: ETFs distributivos (dcc ou dist) e ETFs acumulativos (acc). Mas o que é que isso quer dizer na prática?
Neste artigo, explico-te de forma clara:
O que são ETFs distributivos e acumulativos
Como funcionam na prática
As principais vantagens e desvantagens de cada um
E qual pode ser melhor para o teu objetivo
📚 O que é um ETF?
Antes de irmos aos tipos, uma rápida revisão:
Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimento que é negociado em bolsa como se fosse uma ação.
Ele replica um índice (como o S&P 500, MSCI World, etc.) e é uma das formas mais práticas e populares de investir com diversificação, baixo custo e simplicidade.
🧩 A diferença entre ETFs Distributivos e Acumulativos
A grande diferença entre os dois está no que acontece aos dividendos que as empresas do ETF pagam:
🔸 ETFs Distributivos (ou “Distributing”)
➡️ Estes ETFs pagam-te os dividendos diretamente na tua conta da corretora (normalmente de forma trimestral, semestral ou anual). Ou seja, se tens um ETF distributivo e as empresas que o compõem pagarem dividendos, vais recebê-los em dinheiro.
🔸 ETFs Acumulativos (ou “Accumulating”)
➡️ Estes ETFs não te pagam os dividendos em dinheiro, mas sim reinvestem automaticamente dentro do próprio ETF. Na prática, tu não recebes nada, mas o valor da tua unidade do ETF aumenta.
🧮 Um exemplo prático
Imagina que investes 1.000€ num ETF com uma rentabilidade de 8% ao ano, dos quais 2% vêm de dividendos.
No acumulativo, tu não precisas fazer nada: o reinvestimento é automático, eficiente e silencioso.
✅ Vantagens e desvantagens de cada tipo
🎁 Vantagens dos ETFs Distributivos
Rendimento passivo direto: ótimo para quem quer usar os dividendos como renda extra
Psicologia financeira: ver dinheiro a cair na conta pode motivar muitos investidores
Maior controlo: recebes os dividendos e decides o que fazer com eles
🔻 Desvantagens:
Tens de pagar impostos sobre os dividendos recebidos
Podes não reinvestir esses valores de forma eficiente (ou podes gastar sem querer)
Reinvestir manualmente pode ter custos ou exigir atenção
🌱 Vantagens dos ETFs Acumulativos
Reinvestimento automático e sem esforço
Mais eficiente a longo prazo, especialmente para quem está a construir património
Pode ter melhor fiscalidade em alguns países
Evita o pagamento de impostos recorrentes sobre dividendos
🔻 Desvantagens:
Não recebes “rendimento visível”, o que pode desmotivar algumas pessoas
Se um dia quiseres usar os dividendos como rendimento, tens de vender parte do ETF
Em alguns casos, é mais difícil acompanhar o rendimento total real (porque tudo é reinvestido)
E para quem vive em Portugal?
👉 Em Portugal, ambos os tipos de ETF pagam impostos sobre os rendimentos, mas de forma diferente:
Nos distributivos, os dividendos que recebes são taxados logo no momento em que caem na conta da corretora (normalmente 28%). Para isso no final de cada ano deves submeter estes ganhos no teu IRS.
Nos acumulativos, só pagas imposto quando vendes as tuas unidades de ETF — e aí pagas sobre a mais-valia total (também normalmente 28%).
💡 Isso pode significar uma vantagem fiscal para os acumulativos, porque o imposto só é pago no fim (e tu ganhas mais com o efeito dos juros compostos no caminho).
🧠 Então… Qual escolher?
Depende do teu objetivo:
🧮 E como identifico se um ETF é acumulativo ou distributivo?
Quando fores pesquisar um ETF (por exemplo no site do justETF ou Morningstar), olha para o nome e/ou descrição.
Palavras como “Accumulating” ou “Acc” → ETF Acumulativo
Palavras como “Distributing” ou “Dist” ou "Dcc" → ETF Distributivo
👉 Exemplo:
iShares Core MSCI World UCITS ETF (Acc) → Acumulativo
iShares Core MSCI World UCITS ETF (Dist) → Distributivo
📌 Conclusão: Não há um melhor universal — há o melhor para ti
A escolha entre ETF acumulativo ou distributivo deve alinhar-se com a tua estratégia de investimento, o teu horizonte temporal e até a tua realidade fiscal.
Se estás a acumular capital para o futuro, os acumulativos costumam ser mais eficientes. Se já queres gerar uma “renda passiva”, os distributivos podem fazer mais sentido.
💬 E tu, já sabias esta diferença?
Se ainda tens dúvidas ou queres ajuda a criar a tua carteira com ETFs adaptada aos teus objetivos, espreita o curso “Jornada do Investidor” — lá explico passo a passo como escolher, analisar e acompanhar ETFs com consciência, mesmo que estejas a começar.











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